quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nome de Mar






Para além do horizonte,

Seguem o seu caminho,

Partem sem dizer adeus.


 

Elas, as palavras escritas,

    Desaguam no mar de silêncios.








domingo, 5 de agosto de 2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tons e Sons ...





 
... Entre tons e sons, no silêncio, quase sinto a música do piano, da flauta, de um violino...
Uma guitarra, no fado cantado! O adufe e a voz do campo, da terra...


O azul do mar, onde o olhar se prende ou se solta.
Podemos senti-lo de forma diferente: tranquilo , sereno , revolto, em ondas mais agitadas...


Mas é preciso saber ver, ouvir; querer sentir !

...não sabia quando iria voltar a escrever.

Acredito que, na vida, há o tempo certo para dizer ou ficar em silêncio.

Nem sempre sabemos se o mar vai estar tranquilo no minuto seguinte...
Se a brisa fica mais forte e o vento solta a areia!
Porque uma nuvem segue o seu caminho ou chega o tempo de chover!

Mas, se estivermos atentos aos tons e sons que nos envolvem, a clave de sol ficará mais nítida na pauta dos dias.






sábado, 28 de julho de 2012

Em que pensas...







Além do Horizonte ...
Um espaço de
palavras,música e
imagem ...


Era esta a apresentação do meu primeiro Blogue que mantive entre novembro de 2006 e janeiro de 2009.
Mais tarde,  ficou apenas o registo em papel.A pouco e pouco, como tenho vindo a fazer, colocarei aqui alguns poemas, momentos/ memórias desse espaço.
Devo-o a mim e a quem, comentando ou dizendo-o pessoalmente, me incentivou a continuar nesta partilha de palavras soltas - entre tons e sons.


 

-Em que pensas, Vento?
- Agora não quero pensar!

O vento bom, mesmo breve
enquanto passa no tempo,
  se não o diz, deixai o Vento
descansar só, em silêncio.


sábado, 21 de julho de 2012

IMPERDOÁVEL

 

letra

Imperdoável é o que não vivi
Imperdoável é o que esqueci
Imperdoável é desistir de lutar
Imperdoável é não perdoar


Tive dois reis na mão
E não gostei
Vi catedrais no céu
Não as visitei
Vi carrosséis no mar
Mas não mergulhei
Imperdoável é o que abandonei

Vejo-me cego e confuso nesta cama a latejar
O que seria de mim sem o meu sentido de humor
Praticamente mudo sinto a máquina a bater
É o rugido infernal destas veias a ferver

Imperdoável é dispensar a razão
Imperdoável é pisar quem está no chão
Imperdoável é esquecer quem bem nos quer
Imperdoável é não sobreviver


Vejo-me cego e confuso nesta cama a latejar
O que seria de mim sem o meu sentido de humor
Praticamente mudo sinto a máquina a bater
É o rugido infernal destas veias a ferver


Imperdoável é o que não vivi
Imperdoável é o que esqueci
Imperdoável é desistir de lutar
Imperdoável é não perdoar

Não perdoar
Não perdoar
Não perdoar





sábado, 14 de julho de 2012

NEVOEIRO...

 Castelo Branco





Um manto cinzento tomba sobre a cidade.
Parece esconder a Vida, o seu movimento!
O casario descoberto nas cores,
Sons de um pregão matinal...


Mas que se apregoa hoje?



O Nevoeiro que vestimos ?
A ilusão das palavras ditas?
A máscara de um sorriso,
Na lágrima que não dizemos?


O silêncio dos pregões matinais!






sábado, 7 de julho de 2012

Da luz ...




Quando olhares o céu,
uma estrela é sempre mais brilhante...
transforma o escuro em luar.

Quando ouvires uma melodia triste,
ao amanhecer, o canto de um rouxinol,
tudo inverte.


Se uma mágoa quiser apoderar-se de ti,
deixa o quente do sol beijar-te o rosto.


Se tiveres as mãos vazias, deposita nelas
a suave cor, o toque de uma rosa.





sábado, 30 de junho de 2012

Palavras

"Momentos de Poesia"


Saber que me lês,  quanto basta
Saber o que lês, nem sempre é
Saber de mim, além da palavra.

Dizer de ti, só será o momento
Dizer, a cada palavra que não é
Dizer, não de mim mas como vês.

Palavra ?






domingo, 24 de junho de 2012

NAS MÃOS





Nas mãos em cada linha
De uma impressão digital
Linhas de vida que se afastam
Outras cruzam-se
Adornadas com anéis dourados
Coloridas contas de missangas
Felizes mãos das crianças
Olhares prendem movimentos
Mais ou menos lentos de mãos quietas
Ou marcadas pelo tempo
Mãos que escrevem cantam
Trabalham e sorriem
Vestem-se de lã
seda ou coisa nenhuma
Nas mãos das mãos
Nascem presentes
Dádiva a cada gesto despido
Onde tempos ou espaços
Esperam novo amanhecer







sábado, 2 de junho de 2012

Lágrima(s)








Sabes?!


Não poderás saber !
Finge ou desmente ...
Só sabe da lágrima
Quem deveras sente.



Pôs o coração a jeito
E vestiu-se de azul!