Nas mãos em cada linha
De uma impressão digital
Linhas de vida que se afastam
Outras cruzam-se
Adornadas com anéis dourados
Coloridas contas de missangas
Felizes mãos das crianças
Olhares prendem movimentos
Mais ou menos lentos de mãos quietas
Ou marcadas pelo tempo
Mãos que escrevem cantam
Trabalham e sorriem
Vestem-se de lã
seda ou coisa nenhuma
Nas mãos das mãos
Nascem presentes
Dádiva a cada gesto despido
Onde tempos ou espaços
Esperam novo amanhecer