domingo, 22 de setembro de 2013

Lá fora, Sol de Outono ...




Naquela tarde viu tombar as últimas folhas
Sozinha não conseguiu soltar-se para repousar 

Suportou então o silêncio da noite e esperou pelo vento

Ao amanhecer sentiu um abraço suave e doce 
Deixou-se levar...
.


sábado, 4 de maio de 2013

Lá fora, o Sol




Claude Monet


As palavras escorrem por entre os dedos


Que vontade de te ver ao sol
passear as mãos lá fora
e a tarde quente



sexta-feira, 29 de março de 2013

PALAVRAS ...

                       

                 
    


Chegam...

Permanecem                  Água                  Lágrima

Estranham                    Saudade             Nuvem

Identificam                   Voz                     Riso


Alegria                         Verdade              Partilha


Perdem                         Escondem           Silêncio

Cansaço                       Perdão               Esperança

Viajam                        Tempo                Espaço

Amam                         Vida                   Voam

Mundo                       Perto                   Longe



Partiram sem dizer adeus
Seguiram o seu caminho
Para além do horizonte

Elas as palavras escritas
Desaguam no mar de silêncios

Da lágrima virá um dia de sol
Aquecer algumas madrugadas

Deixou as palavras para quem delas sabe
Talvez voltem com o orvalho da manhã  
Ou cheguem sem avisar  


.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mancha Urbana


Mancha Urbana... - 2006
Acrílico sobre tela ,100 x 150 cm de L. Silveira



A mancha urbana da noite
esbate-se num fogo morno,
pisando o chão da Cidade.

Com passo firme,
esconde o grito surdo e a má sorte,
pelos dias de ruas vazias.

Perdido no tempo,sente a casa
despida de contornos.

Hoje, um passeio ao entardecer.
Na rua antiga, feita de palavras,
brinca com as pedras da calçada.
Em cada aresta sente tremer o chão.
Nos prédios manchados pelo tempo,
o perfil branco ou rosa, envelhecido.
Quente, o sol, lembra a hora de partir.
De longe , parecerá  perdida, a Cidade.
Traço a traço, deixa soltas as linhas
e, de mãos vazias, afasta-se dela...


Sem saber se é mancha ou jogo de luz.
Onde se revela ou esconde, tanto faz!