Saudade
Claude Monet Quando o tempo ganhava asas
O amor sempre habitou a casa
De janelas entreabertas e brancas
E nas tardes quentes de outono
Alguns pássaros poisavam ali
Na árvore de raízes profundas
Descansavam das viagens ao rio
Secavam as penas na folhagem
E ternamente se enroscavam
Se aninhavam para descansar
Cúmplices a árvore e a casa
No encontro desejado da luz
Ainda hoje choram de saudade