Quando o tempo ganhava asas O amor sempre habitou a casa De janelas entreabertas e brancas
E nas tardes quentes de outono Alguns pássaros poisavam ali Na árvore de raízes profundas Descansavam das viagens ao rio Secavam as penas na folhagem E ternamente se enroscavam Se aninhavam para descansar
Cúmplices a árvore e a casa No encontro desejado da luz Ainda hoje choram de saudade