De asas feridas, num cansaço feito de voos a pique,
ainda ouço o teu canto preso no batimento do mar.
Ouso contar para que a voz não se cale para sempre!
Por entre ondas ou naufragando na praia de um sono
perdido, fecho os olhos e a dança do silêncio flui,
espreita as estrelas que adormecem além do horizonte.
O dia amanhece, acorda todos os castelos da praia.
Como gaivotas, seguimos o voo e sorrimos à vida,
recusando a morte da saudade, adormecida nas tuas mãos!
(Republicação) dez.2015